Participaram da transmissão a autora Luciana Mendonça e os convidados, prof. Carlos Sandroni (UFPE), Michelle de Assumpção (Secretaria d Cultura – PE/Fundarpe), Antônio Gutierrez (Gutie, Rec-Beat), Renato Lins (manguetronic) e Cannibal (banda Devotos).
Luciana Ferreira Moura Mendonça. Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo. Curitiba: Appris, 2020, 312 p.
Este livro percorre os caminhos do manguebeat, a cooperativa cultural, cena ou movimento, criado no início dos anos 1990, no Recife. O mangue não é apenas uma cena, visto que se multiplica em cenas diversas, do Alto José do Pinho a Peixinhos, do centro do Recife para o mundo; também se multiplica em várias expressões artísticas criativas, em redes de relações, no envolvimento com as culturas populares locais e nas transformações da cidade. Além disso, não é apenas uma cena do passado, pois seus agentes continuam em atividade e suas marcas encontram-se na cidade e nos circuitos de produção e fruição cultural, processo para o qual este livro também aponta.
A pesquisa centra-se no período de maior efervescência do manguebeat (do início dos anos 1990 à primeira metade da década de 2000) e trata da sua criação, contextualização no campo da música popular contemporânea e da indústria fonográfica nacional e mundial, bem como dos embates em torno da cultura popular local abordando três dimensões: o contraste entre o mangue e o movimento armorial; as formas de incentivo material e simbólico; e as iniciativas populares de desenvolvimento sociocultural. É, assim, um convite para uma viagem ao centro do mangue e dele para o mundo, incluindo talvez, um caminho de volta às estratégias que fizeram e fazem a diferença para desobstruir as veias do Recife e de outros lugares do mundo.
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