Chamada para artigos Arts in Society Journal Collection Special edition: Race, class and gender in the invention of contemporary arts

Publicado em 1 de fevereiro de 2022

 

Arts in Society Journal Collection Special edition: Race, class, and gender in the invention of contemporary arts

The International Journal of Arts Theory and History (https://cgscholar.com/bookstore/cgrn/183/184)

Organização:  Patrícia Reinheimer e Nathanael Araújo

O prazo para submissão até dia 30 de abril de 2022.
Os artigos podem ser enviados para patriciareinheimer@ufrrj.br

Submissões de artigos em português serão aceitas. Uma vez aprovados, os artigos precisarão ser traduzidos para o inglês.

Apresentação

Na modernidade artística, isto é, entre o final do século XIX e o início do XX, as formas de atribuição de valor às obras de arte deixaram de ter relação com a capacidade narrativa e a representação realista do mundo. Surgiram sucessivamente novas formas de expressão, cada uma procurando maneiras inusitadas de retratar realidades subjetivas, representativas de um indivíduo criador. As qualidades estéticas dos artefatos artísticos passaram a ser medidas frente a novos critérios, expressivos de uma sensibilidade emergente que considerava o dom de forma laicizada, como a capacidade inata do criador de produzir coisas autênticas.

Um dos autores mais importantes para a reflexão acerca desse período e suas especificidades é Georg Simmel, que procurou compreender a ideia de singularidade como uma das dimensões do indivíduo, fundamentando o mundo do contrato, na subjetividade e no individualismo em oposição às variadas formas de coletividade.

Foi na arte abstrata que a ideia de autonomia artística, baseada em um discurso sobre estética que não levava em conta a prática da percepção sensível aos fenômenos artísticos (Cf. Campbell, 2010), chegou ao seu auge. Como afirma Schapiro (1937), a arte abstrata tinha “o valor de uma demonstração prática” das propostas modernistas. A ausência aparente de relação com a realidade empírica tornava ainda mais concebível a ideia de que o pensamento e os sentimentos estéticos fossem anteriores ao mundo representado.

Esse mesmo modernismo foi marcado por uma contínua ruptura com as hierarquias do que era considerado ou não arte. Foi próprio desse período a tentativa de totalizar a arte nos ismos, generalizando suas prerrogativas. A partir da segunda metade do século XX, vimos serem desenvolvidas novas articulações entre as experiências pessoais e as representações do mundo. Esses novos desenvolvimentos vieram a ser denominados “arte contemporânea”. A ideia de arte contemporânea surgiu também como uma forma elusiva de tentar abarcar certa totalidade que lhe escapava. Toda a arte produzida contemporaneamente é contemporânea? Ou a arte contemporânea é um estilo?

Uma das vertentes desta arte produzida na contemporaneidade é uma volta renovada ao social. Questionamentos, provocações e proposições fazem com que artistas apresentem propostas que se relacionam com tempos, lugares e pertencimentos diversos. Superada a era dos grandes relatos, essa arte contemporânea engajada no social coloca desafios à prática e à interpretação do mundo rechaçando certas afirmações simbólicas. No entanto, essa produção, para ser reconhecida, precisa que a subjetividade seja apresentada de forma a superar a particularidade individual, constituindo os fundamentos de um acordo comum.

Em meados da década de 1970, os estudos de gênero aportaram no Brasil e o iminente fim da ditadura civil-militar permitiu ao movimento negro e outros movimentos sociais retomarem suas demandas. Viu-se emergir no campo das lutas políticas e sociais e nos espaços acadêmicos uma imensa agenda de temas e questões, responsáveis por contribuir com a consolidação de institutos de pesquisas, grupos de estudos, linhas de investigação em programas de pós-graduação e criação de revistas científicas específicas. A quase inextricável correlação entre reflexão teórica e prática militante se mostrou um desafio vigoroso para o avanço, lado a lado, das lutas em prol da equidade de gênero e da conquista de direitos sociais e civis por parte das chamadas “minorias”.

Neste número do Arts in Society Journal Collection gostaríamos de apresentar alguns debates sobre marcadores sociais da diferença e como interseccionalidades de gênero, raça e classe têm inventado novos mundos artísticos. Diversas políticas públicas no Brasil, principalmente entre os anos de 2002 e 2012, estímularam a entrada de novos atores nesses mundos. Gostaríamos de apresentar alguns dos impactos que a produção visual fundada em paradigmas de produção de igualdade tiveram na constituição de identidades em um mundo dominado por imagens.

Os artigos devem seguir as regras da editora. Nos links é possível baixar os modelos e ver os requisitos de submissão.

https://cgscholar.com/cg_support/en/docs/59-journal-article-template
https://cgscholar.com/cg_support/en/docs/53-final-submission-article-requirements

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"É certo que as consequências, ao longo da história, têm atingido primeiro os grupos sociais mais vulnerabilizados pelo processo de construção da sociedade nacional, populações periféricas, negras e etnicamente diferenciadas. Mas a conta chega para todos. É hora de dizer basta ao negacionismo e às políticas econômicas míopes e submissas à lógica da acumulação primitiva."No artigo "Na contramão da Ciência", publicado pelo Jornal da Ciência, Andréa Zhouri, presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e Edna Castro, presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), questionam “Até quando a política e a economia estarão de costas para a sociedade e o meio ambiente?”#SociedadeBrasileiraDeSociologia #AssociacaoBrasileiraDeAntropologia #JornalDaCiencia #SBPC ... Ver maisVer menos
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"As enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul chocam o Brasil. A crise instalada, cuja magnitude destrutiva não encontra precedentes na história, não é, contudo, um incidente inesperado. Ao contrário, os desastres ambientais deflagrados por eventos climáticos extremos já são uma realidade recorrente no país e revelam sua dimensão estrutural. Desde os anos 70, pelo menos, cientistas no mundo todo têm advertido sobre as mudanças climáticas, agora tratadas como emergências ou urgências."No artigo "Na contramão da Ciência", Andréa Zhouri, presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e Edna Castro, presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), questionam “Até quando a política e a economia estarão de costas para a sociedade e o meio ambiente?”.📌 Leia na íntegra em: www.jornaldaciencia.org.br/na-contramao-da-ciencia/#SociedadeBrasleiraDeSociologia #AssociacaoBrasileiraDeAntropologia #JornalDaCiencia #SBPC ... Ver maisVer menos
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Recém publicado no Jornal da Ciência, o artigo "Na contramão da Ciência", traz questionamentos de Andréa Zhouri (presidente da Associação Brasileira de Antropologia - ABA) e Edna Castro (presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia - SBS), onde destacam a desconexão entre a retórica política e a realidade das mudanças climáticas, enquanto o país enfrenta consequências devastadoras.📌 Confira o artigo na íntegra em: www.jornaldaciencia.org.br/na-contramao-da-ciencia/#SociedadeBrasileiraDeSociologia #AssociaçãoBrasileiraDeAntropologia #JornalDaCiência #SBPC ... Ver maisVer menos
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1 week ago

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🌎💬 Nos últimos anos, temos testemunhado mudanças significativas no cenário científico, que impactam desde a produção do conhecimento até a sua divulgação. É crucial adaptarmos nossas abordagens teóricas e metodológicas para enfrentar esses desafios e promover avanços no campo.O Fórum Brasileiro de Sociologia é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Sociologia em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e, juntamente com as outras Ciências Socias, tem como objetivo pensar sobre os enfrentamentos e pressões crescentes para atender às demandas da sociedade e às expectativas do mundo científico. Neste contexto, a inovação se torna essencial. Precisamos criar novos modelos de trabalho, incorporar ferramentas digitais, promover diálogos interdisciplinares e repensar nossos métodos de divulgação científica.No primeiro Fórum Brasileiro de Sociologia, buscamos não apenas discutir essas questões, mas também estabelecer diretrizes claras para a atuação da SBS em fóruns e agências que formulam políticas de ciência, tecnologia e inovação. Sua participação é fundamental para construirmos juntos o futuro da sociologia no Brasil.🗓 O primeiro Fórum Brasileiro de Sociologia acontece entre os dias 16 a 18 de julho e você já pode realizar sua inscrição!🌐 Saiba mais em: www.forum2024.sbsociologia.com.br#forumbrasileirodesociologia #sociedadebrasileiradesociologia #fflch #usp #ciencia #tecnologia #inovacao #sociologia ... Ver maisVer menos
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